segunda-feira, 8 de novembro de 2010

O que fazer com os DISQUETES ?



O suporte da informação tornou-se algo extremamente efêmero na pós-modernidade. Com o advento dos computadores e sua constante evolução, a forma como armazenamos nossos dados tende a mudar de acordo com o surgimento e disseminação de novas tecnologias. Isso faz com que fiquemos numa eterna migração de bytes para que não percamos textos, fotos, vídeos e uma infinidade de arquivos a que temos tanto apreço.


Conforme o fluxo binário crescia, a indústria da informática otimizava seus aparatos para que comportassem um número cada vez maior de dados, bem como a agilidade do acesso e a segurança das informações, mas, numa época em que 1MB era considerado um tamanho exorbitante para a guarda de dados, o uso do disquete era bastante plausível.
Este disco flexível de armazenamento há muito se tornou obsoleto devido a dois grandes problemas: pouco espaço (1,44MB nos últimos lançamentos de 3 ½ polegadas) e seu curto “prazo de validade”, já que passados 5 anos sua integridade física já não era garantida. Deparamo-nos então com uma infinidade de disquetes acumulados nos armários numa era onde drives que permitem sua leitura não são mais fabricados. Visto isso, por que não partir para a reciclagem?


Do mesmo modo que as fitas cassete, os disquetes se tornaram fenômenos vintage-pop largamente utilizados nos segmentos da moda e da arte decorativa que fazem da reciclagem seu guia para disseminar ideias e tendências. Paralelo à sustentabilidade em alta, vivemos também o culto ao nerd e a tudo que nos remeta a tecnologia. A reutilização dos disquetes consegue unir estes dois universos e carrega consigo um ar cool que pouquíssimas marcas provindas da indústria manufaturada possuem.


Matéria e fotos de http://obviousmag.org
SEUL RECEBE A PONTE DO FUTURO


Tal como Londres ou Paris, a capital da Coreia do Sul é atravessada por um rio. Perto de 30 pontes ligam já as duas margens do Han, mas a Paik Nam June Media Bridge promete ser mais do que uma simples estrutura de passagem; tornar-se-á, antes, num novo ponto central da cidade. Esta é a ambiciosa meta traçada pelo gabinete de arquitectura Planning Korea, que apresenta um projecto futurista e, como tal, concebido para ser amigo do ambiente.
A totalidade da extensão da ponte, correspondente a 1,08 quilómetros, será coberta com painéis solares, de forma a que a própria infraestrutura gere a energia necessária aos diversos espaços de lazer que foram projectados no seu interior. Aí inclui-se um museu, uma biblioteca pública direccionada para os transeuntes mais jovens e um centro comercial (quando dissemos que esta era a ponte do futuro, não estávamos a exagerar).


E para ninguém ficar de fora, a ponte terá faixas de rodagem para automóveis e bicicletas, bem como um percurso para peões. Qualquer que seja o modo de transporte, a paisagem não pode deixar de ser apreciada, já que, além do rio e de todo o cenário urbano envolvente, será instalada na ponte uma série de jardins cujo crescimento é garantido pelos recursos locais - água do rio e das chuvas, ventilação e luz natural

As funcionalidades da Paik Nam June Media Bridge não ficam, contudo, por aqui: desenhada a pensar no tráfego do rio Han, a ponte dispõe de um cais preparado para acolher iates, cruzeiros e também os chamados táxis aquáticos.
Um pormenor ainda não revelado: o nome da ponte é, na verdade, uma homenagem ao artista Nam June Paik (1932-2006), considerado o "pai" da videoarte. São célebres as diversas esculturas que concebeu a partir de televisões - o mais emblemático exemplo é a peça "Pre-Bell-Man", instalada em frente ao Museum für Kommunikation, em Frankfurt, na Alemanha - e as performances multidisciplinares que combinavam música, encenação e, claro, vídeo. Desta forma, os arquitectos da Planning Korea promovem a cobertura da ponte como uma autêntica "tela" onde artistas de todo o mundo podem projetar os seus trabalhos media.




Matéria e fotos de http://obviousmag.org